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O que precisa mudar na cabeça do professor?

O professor possui um papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem, portanto, quando olhamos para o cenário atual da educação, é inegável a importância de repensar alguns aspectos desse processo e principalmente de sua prática para uma educação inovadora alinhada às novas demandas do século XXI.

É muito comum, observarmos a resistência de educadores ao uso de tecnologias, sob a afirmação de que elas tomariam o lugar de outros materiais que são importantes para a formação dos alunos. Mas o que precisa ser refletido é que não se trata de substituir completamente o material físico das disciplinas por outros de caráter virtual, mas fazer com que a tecnologia e a tradição caminhem lado a lado para o benefício dos alunos.

Para isso, o professor precisa transpor tais barreiras, munindo-se de estratégias para propor novas práticas que sejam alinhadas aos objetivos das aulas. Repensar as metodologias podem trazer ganhos nesse processo, buscar metodologias que estimulem o engajamento dos alunos na construção do conhecimento, tornando-se sujeito da sua aprendizagem, pensando, criando, estabelecendo relações, construindo, reconstruindo e argumentando. Para isso, o professor pode trabalhar habilidades e competências socioemocionais, como empatia, colaboração, criatividade, comunicação e pensamento crítico através de debates, produção de textos, simulações de situações da vida real, dramatizações, estudos de caso e projetos em grupo.

A relação com os alunos também precisa ser repensada, não se pode ocorrer aprendizagem sem a colaboração de ambos, portanto, o professor deve propiciar um ambiente de trocas com os alunos, o ensino se torna raso a medida que professor e aluno se tornam apáticos uns com os outros e não pensam nessa relação como aliança e sim como algo divergente. Repensar o seu papel é fundamental nesse processo.

Para gerar essas mudanças, é necessário romper com ideias equivocadas geradas pela adoção de tecnologias na educação, para isso, os professores devem buscar e ter acesso à formação continuada, cursos de capacitação, literatura para ampliarem sua prática pedagógica com estratégias inovadoras, utilizando recursos que sejam benéficos para o aprendizado e desenvolvimento dos alunos.

É possível usar tecnologia no ensino tradicional?

A pedagogia tradicional foi um dos primeiros métodos de ensino surgidos na história recente, por isso recebe o nome “tradicional”. O ensino tradicional foi criado com o intuito de universalizar o conhecimento entre a população. Por ter um intuito massificador, e possui uma estrutura mais rígida e fechada à inovação. Uma escola que adota a linha tradicional parte do princípio que um aluno crítico e criativo é resultado de uma bagagem de conhecimentos adquiridos.

O ensino tradicional é marcado por estratégias passivas no processo de ensino-aprendizagem, no qual os alunos não são estimulados a desenvolverem uma postura ativa em relação à recepção dos conhecimentos transmitidos pelo professor, que é considerado figura central no processo. Nesse cenário, as aulas são expositivas, o professor faz uma exposição verbal do conteúdo, além de passar exercícios para auxiliar o aluno na memorização do que está sendo ensinado. Assim, há uma dinâmica em que o professor explica o conteúdo, passa exercícios e, ao final, relaciona o tema com outros assuntos.

O cenário atual da educação traz diversos desafios na prática do professor conteudista, as estratégias tradicionais já não atendem mais às necessidades dos alunos nativos digitais (crianças que nasceram no meio digital). E as novas tecnologias podem agregar diversos benefícios para a aprendizagem tradicional.

Afinal, é possível usar tecnologia no ensino tradicional? Sim! Elas podem ser vistas como apoio ou complemento para as aulas, tornando-as mais ricas, envolventes e dinâmicas. Utilizar ferramentas digitais podem até mesmo ser um respiro no meio de tanto conteúdo, né? Por exemplo, naquela aula de história sobre Grécia Antiga super conteudista, chega um momento em que o professor não terá mais 100% da atenção do aluno, segundo especialistas, o cérebro humano tem a capacidade de concentração absoluta por um curto período de tempo, depois disso, fica mais disperso. No caso dos alunos, o cérebro pode ficar saturado do conteúdo e precisa de uma “quebra de padrão” para voltar à atenção. Então porque não caprichar em um Google Slide envolvente? ou compartilhar uma PlayList no Youtube com vídeos sobre o tema? E até mesmo levar os alunos para um tour virtual pela Grécia Antiga? 

O leque de opções é enorme! As tecnologias podem tornar as aulas muito mais produtivas e serem aliadas no trabalho docente alinhadas à realidade dos alunos. Se o professor tem receio de utilizar essas estratégias, a dica é começar aos poucos, utilizando esses recursos em momentos pontuais e depois, quem sabe, se arriscar! 😃


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